Barrabáz

Autor: SubVersiva


Cadastrado em 15/03/2021
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Data: 2021
Tipo de obra: Colagem
Técnica: colagem analógica
Dimensões: A 0,41 x L 0,30
Localização: Acervo Pessoal
Cor primária: Preto
Cor secundária: Descrição: O nome Barrabás vem do aramaico bar abbas, e é um patronímico, ou seja, significa “filho de Aba”, “filho do pai” ou “filho do mestre”...
.Segundo a Bíblia Sagrada, Barrabás foi um rebelde judeu que lutava contra a tirania dos Romanos. Em uma ocasião, aliado com outros rebeldes, Barrabás participa de um motin no em prol da liberdade e subsistência de seu povo, reivindicando justiça e liberdade. Durante o conflito, ocorreu um assassinato de um soldado romano, tendo o nome de Barrabás como autor do crime.
A história em que aparece esse personagem, pode ser lida no Novo testamento, onde é personagem coadjuvante da crucificação de Cristo, que graças a população, passou a ser personagem principal. De acordo com os escritos, na época da páscoa, tinha-se a cultura de soltar um prisioneiro, uma espécie de perdão. Sendo assim, Pilatos indicou Jesus Cristo e Barrabás, a fim de que a população escolhesse quem seria libertado. Ao apresentar os dois réus em praça pública e perguntar a população quem deveria ser liberto, a plateia foi unânime:
- Barrabás...!
Aqui, trago para esse trabalho um Barrabaz (fazendo alusão a música, 'Coração Barrabaz', dos @racionaiscn) negro, para refletir a posição do homem negro em nossa sociedade, posição na maioria das vezes subalterna, da qual onde esse corpo negro é violentado e desumanizado dia após dia. Ao trazer esse corpo negro, eu o humanizo, e ressignifico essa posição imposta a ele, de forma a exaltá-lo, colocando-o acima de todos, sem que possa ser atingido ou até mesmo violado. Muitos tentam, porém, não o atingem. Por fim, esse homem negro é coroado, fazendo alusão a seus ancestrais.
Abordo a importância de se pensar e discutir MASCULINIDADES NEGRAS, a fim de desconstruir a masculinidade tóxica, da qual é herança da colonização. É necessário que esses homens tenham acesso a afeto e ao amor, acerca de sua masculinidade, de modo que possam pensá-la a partir de sua subjetividade acerca de sua raça, e que possam construir outros modelos de masculinidade, que não seja o padrão branco, tido ainda hoje, como ‘padrão universal’.

Fotos da obra

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